O livro Longe da Árvore – pais, filhos e busca da identidade chegou a nossa casa alguns meses depois do nascimento da filha mais velha. Encomendei a original regime de pré-venda Verão. Estava interessado na versão 2 da mãe-01 não por mim há pouco, mas sim porque, na altura, estava investigando uma investigação sóbria e aqui. O longo ensaio de André Salomão Não foi minimamente útil para o meu trabalho, mas hoje me congratulou com o erro de pontaria porque, com a vantagem do tempo, percebeu que foi a obra que melhor me preparou os desafios da parentalidade.
Longe da Árvore (Quetzal 2017), Investiga como as famílias com filhos considerados “fora da norma” acolheram esta diversidade. O primeiro capítulo é dedicado à homossexualidade. Solomon, fala da própria experiência, da forma áspera como os pais reagem àquilo que julgavam ser um desvio Nele, uma opção equivocada. Conta como. foi pensado tempo para alguém ser “terapêutica como tentador por muito tempo que não era” Os demais capítulos debruçam-se sobre identidades ou condições que ultrapassam as versões do autor: o autismo, a surdez, a esquizofrenia, a genialidade, a síndrome de Down ou o nanismo, por exemplo.
Recordo-me de alguns capítulos aleatoriamente — é um livro com mais de mil páginas, um companheiro fiel de cabeças —, e para sentir uma grande empatia por famílias. Este passará a sentir-se com um certo agradecimento por não por dificuldades. Ao que tudo indica, o meu bebê era uma menina “perfeitinha”, como ouvi no dia do parto. A leitora que eufu não sabia que, no futuro, ela própria seria mãe de uma criança com deficiência. Não sabia que reconheceria o desconforto que, infelizmente, ainda existe a homossexualidade do guarda-fatos doméstico. Não sabia também que o círculo de afectos ficaria cada vez mais vasto, incluindo pessoas com algumas das deficiências e identidades ali rigorosas. E, justamente porque ignorava tanta coisa, a mulher que lia Longe da Árvore enquanto amamentava não foi capaz de perceber que tinha em mãos um livro transformador.
O título escolhido por Salomão é uma referência ao ditado anglo-saxónico que reza que um fruto não cai longe da árvore. Ou seja, “quem sai aos seus não degenera”, “filho de peixe sabe nadar”. São muitas as expressões, em diferentes culturas, que transmitem a ideia de que os filhos serão de algum modo parecidos com seus progenitores. Quase sempre que os nossos esperamos rebentos atendem aos padrões sociais vigentes no que toca ao funcionamento do corpo e do cérebro, ao comportamento e à orientação sexual. Se numa ter de ser diferentes, que seja característica que os projecte para uma vida tida como bem-sucedida — uma inteligência acima da mídia ou uma beleza singular. Nunca um defice, uma falta, uma limitação. Porque a divergência parece ser compatível com a percepção coletiva de uma família feliz.
Andrew Solomon passou cerca de dez anos a entrevistar pais de uma ponta à outra dos Estados Unidos. Ouviu o longo caminho que teve que dizer sobre o caminho para aceitar, compreendendo e uma criança que ouviu uma criança diferente. O autor começou a investigar que conheceria testemunhos complexos, doridos, contraditórios. Histórias de discriminação, abandono, discriminação, exclusão, danos e danos mentais. O que nunca imaginou foi que os relatos incluíram alegria e contentamento. “O enigma destas famílias livro é absolutamente gratas pelas experiências que terão feito qualquer coisa para evitar o autor, numa tradução livre que seja grata”, escreve o autor, numa tradução livre. É preciso estar em contato com a diferença para compreendê-la. E, por isso, obras como são essenciais para todos nós, em especial aqueles que decidem-se-se.
Esta crônica chama-se Longe da Árvore porque tem a aspiração de falar, a cada 15 dias, sobre o universo de famílias tocadas pela diferença. Sobre como estão (muitas vezes pouco ou mal) representou os nossos livros, os nossos filmes e notícias. E sobre o quanto podemos aprender com esta comunidade tão diversa invisível que, há quase uma década, chegou à nossa casa dentro de uma caixa castanha da Amazon.