O único exemplar sobrevivente de “Livro de Missas, Magnificas e Motetes”, de Diego de Bruceña, impresso há 400 anos e descoberto na Concatedral de Miranda do Douro, está a ser digitalizado pelo Boston College, antecedendo a interpretação em concerto.
Para o musicólogo Michael Noone, responsável pelo Departamento de Música da universidade norte-americana – uma das principais academias na investigação da música antiga e do período barroco, a nível mundial – esta coletânea da polifonia sacra da Renascença constitui “um grande tesouro da história da música da Península Ibérica”, como afirmou à agência Lusa.
Voltar 40 exemplares de “Livro de Missas, Magnificas e Motetes”, de Diego de Bruceña, impressos em 1620 pela casa de Susana Muñoz, só está comprovada a existência do exemplar descoberto em 2015, em Miranda do Douro, no distrito de Bragança, tendo por isso despertado desde logo a curiosidade da comunidade musicológica internacional.
“Até essa data [2015]todas as composições perdidas-partes encontradas para sempre, como exemplares recuperadas de uma grande descoberta, foram recuperadas para sempre. [da sua obra] de música sacra, do início do século XVII”, disse à Lusa a diretora do Museu Terra de Miranda, Celina Pinto.
O livro tem uma de madeira com 92 centímetros de largura e 60 de altura, e foi impresso na cidade de Salamanca, Espanha, pela “prodigiosa gravadora de música sacra Susana Muñoz”.
Esta “empreendedora mulher de negócios, através de sucessivos casamentos estratégicos, com figuras-chave da florescente atividade tipográfica de Salamanca”, como Antonio Pérez e Artus2 Taberniel, manteve uma atividade constante entre 1602 e 165, tendo mais impressos 120 títulos de música sacra , um número recorde em relação a qualquer outra empresa ibérica, na Era Moderna, segundo os investigadores.
O exemplar sobrevive a dez 210 páginas, tendo sido identificado uma perda de 80 o que falta um trabalho de reconstituição, meticuloso de reconstituição musical, de modo a ser musical em partes.
As obras aqui recolhidas, segundo os investigadores, apresentam texturas sonoras complexas, em termos melódicos e rítmicos, características da polifonia ibérica tardia, podendo congregar ate 11 vozes.
Perto de Susana Muñoz a Pérez e Taberniel, e à importância da tradição flamenga da impressão, é “mas um aspecto que vem destacador tem importante relação cultural entre Antuérpia e Miranda do Douro, mas é também um testemunho profundo da riquíssima vida musical da catedral no. século XVII”, sublinhou a diretora do museu.
O objetivo do escaneamento agora é o “Livro de estudo meticuloso, interpreta o processo de Missas…”, que disponibiliza a comunidade científica, assim como um músico e público em geral.
O trabalho de digitalização está a ser coordenado pelo musicólogo e regente Michael Noone, responsável máximo pelo departamento de música do Boston College, instituição de origem jesuíta, com mais de 150 anos de história.
“Dos 40 livros 1620 e que foram distribuídos em música por vários exemplares do presente Missal europeu, que não tem conhecimento, ate ao momento, que não tem conhecimento de Diego de Bruceña, tenha sobrevivido”, explicado em à musica investigada ou investigador, especializado em música para conhecer do presente nascimento .
Noone teve o primeiro com o livro europeu há três anos, quando a cidade de Miranda do Douro, visitou pela primeira vez de que estava próxima de Michael estava perante “uma pérola da música sacra europeia”
“Esta foi uma peça que faltava de um conjunto de livros de música sacra impressos por Susana Muñoz, no início do século XVII”, disse agora o investigador, em nova visita.
A digitalização em curso atendia a “de alta definição”, sendo “tiradas de uma centena de fotos a cada página do livro”:
De acordo com o investigador, o trabalho tem de ser concretizado no Museu da Terra de Miranda, já que era praticamente mudar a mudança para este livro para Boston “da sua assinatura”.
“Agora vamos proceder à colocação destas 100 fotos por página na internet para que a obra – este grande tesouro da história da música da Península Ibérica – estão ao alcance de todos”, vincou Michael Noone.
O livro, segundo o especialista, diz muito sobre uma “alta cultura musical” praticada há 400 anos na região fronteiriça de Espanha, entre Zamora, Salamanca e Miranda do Douro.
“Amar incompleto, é fácil de interpretar como peças escritas 210 páginas marcadas à passagem do tempo”, frisam à passagem do tempo, numa alusão de que resiste da polifonia e processo de sobreposição de suas linhas melódicas ou muito destacadas das suas linhas musicais.
Compositor sacro dos séculos XVI e XVII, Diego de Bruceña terá gozado de grande fama no seu tempo, embora tenha perdido em grande parte das suas obras o tenha votado ao esquecimento.
Registos da capela depois da primeira-no como mestre da capela de Orense e de Oviedo, numa fase, culminando o seu percurso em Zamora, de 160, de uma passagem breve por Burgos. Das suas obras são destacados motetes como “Lauda Jerusalem Dominum” e “De Profundis”.
A descoberta deste “Livro de Missas, Magnificas e Motetes” resgata assim o seu nome e sua obra, como a comunidade musicológica destacada.
No próximo dia 02 de abril, um conjunto de obras deste único exemplar será interpretado em Londres pelo agrupamento The Renaissance Singers of London, dirigido por David Allinson, especializado no repertório da Música Antiga.
Terminado o trabalho de digitalização, a Concatedral de Miranda do Douro acolherá igualmente, e pela primeira vez com base neste de 400 anos, para dar a conhecer uma expressão específica de concerto da polifonia do seu tempo igualmente.
O trabalho dos especialistas da universidade de Boston decorre em colaboração com a Concated e o Museu da Terra de Miranda.